Greve dos rodoviários da 1001 chega ao fim após 12 dias

A greve dos rodoviários da empresa 1001 chegou ao fim após 12 dias de paralisação, período em que nenhum ônibus da companhia circulou em São Luís. O movimento chegou a levantar a possibilidade de uma greve geral, mas foi descartado.

“Nenhuma empresa agora tem paralisação”, afirmou o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Marcelo Brito, em entrevista à Mirante News FM.

A paralisação foi motivada pela falta de pagamento de salários, benefícios e rescisões. Embora os trabalhadores ativos tenham retomado suas atividades, eles ainda aguardam o tíquete-alimentação. Já a situação dos funcionários demitidos permanece em impasse, que será discutido em audiência.

O retorno dos ônibus ocorreu após o repasse do subsídio da Prefeitura ao Sindicato das Empresas de Transporte (SET), conforme determinado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA). Após o pagamento, o SET e suas consorciadas tiveram 12 horas para quitar os valores atrasados, o que permitiu a volta da circulação dos veículos.

A Expresso Marina, que também havia aderido ao movimento, normalizou suas operações ainda na quarta-feira (19), após a regularização dos valores pendentes. A empresa atende diversas comunidades e bairros, como Vila Cascavel, Mato Grosso, Cajupary/Nova Vida, Cidade Olímpica, Santa Clara, Janaína, Cidade Operária, Maiobinha, Tropical, entre outros.

Durante o impasse, moradores de mais de 30 bairros enfrentaram longas esperas e a redução de linhas, recorrendo ao transporte por aplicativo — mais caro — desde o início da greve, em 14 de novembro. Somadas, as empresas 1001 e Expresso Marina operam aproximadamente 270 ônibus em São Luís e na região metropolitana.

Em nota divulgada na terça-feira (25), o SET informou que, após o pagamento do subsídio de outubro pela Prefeitura, adotou imediatamente as providências para repassar os valores às empresas, garantindo a quitação dos salários e dos tíquetes dos trabalhadores.

A Prefeitura de São Luís já havia comunicado, na noite de segunda-feira (24), que cumpriria a decisão do TRT-MA, que rejeitou o pedido do Município para pagar o subsídio diretamente aos rodoviários e determinou que o valor fosse enviado ao SET. A decisão veio em meio ao agravamento da crise no transporte público, marcada por atrasos salariais, paralisações e divergências financeiras entre a gestão municipal e as empresas concessionárias.

Com a normalização dos serviços, usuários do transporte público voltam a contar com ônibus circulando regularmente após quase duas semanas de transtornos.