O Maranhão apresentou mais um avanço significativo em seu desempenho econômico, conforme levantamento do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o estudo, o estado ocupa atualmente a sétima posição no ranking nacional de crescimento acumulado do Produto Interno Bruto (PIB), com aumento de 34,3% entre 2010 e 2023. No Nordeste, o Maranhão fica atrás apenas do Piauí, que registrou alta de 36,7%.

O levantamento mostra que o crescimento acumulado do PIB reflete a consolidação da estrutura econômica maranhense e sua crescente representatividade no cenário nacional. Esse desempenho é resultado de investimentos estratégicos em setores como energia, agropecuária e infraestrutura, que têm atraído grandes empreendimentos ao estado.
De acordo com o presidente do Imesc, Dionatan Carvalho, o monitoramento constante da atividade econômica é essencial para orientar políticas públicas. Ele ressalta que o governo estadual possui um planejamento de longo prazo — o Plano Maranhão 2050 — que estabelece metas e estratégias para promover desenvolvimento socioeconômico integrado e reduzir desigualdades sociais e regionais.

“O crescimento econômico é uma das metas mobilizadoras do Maranhão 2050. Para haver aumento real da renda das famílias, é necessário um ambiente econômico favorável, e os resultados alcançados reforçam esse objetivo”, afirmou.
Setores em expansão
Em 2023, o PIB maranhense atingiu R$ 149,2 bilhões, registrando variação real positiva de 3,6% em relação a 2022. O índice supera a média nacional (3,2%) e a do Nordeste (2,9%). O PIB per capita do estado foi estimado em R$ 22.020,60.
O setor secundário se destacou com crescimento de 4,2% no nível de atividade. Dentro desse grupo, o segmento de eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos apresentou alta expressiva de 21,9% em relação a 2022. Já a agropecuária, mesmo sem dados completos divulgados pelo IBGE, mostrou avanço na produção de grãos, que passou de 6,1 milhões de toneladas em 2022 para 6,6 milhões em 2023. O setor terciário permanece como o principal pilar da economia, responsável por mais de 70% dos bens e serviços finais produzidos.
Investimentos públicos impulsionam resultados
O estudo também aponta que os investimentos públicos tiveram papel relevante no avanço do PIB maranhense. Dados da Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento (Seplan) indicam que o governo aplicou cerca de R$ 1,7 bilhão em 2023. A maior parte dos recursos foi destinada às áreas de Urbanismo, Transporte, Saneamento e ao Judiciário.
Só a função Urbanismo recebeu R$ 867,5 milhões, com destaque para pavimentação de vias (R$ 44,2 milhões) e obras de implantação e melhoria de prédios e logradouros públicos (R$ 316,6 milhões).
A pesquisa completa pode ser consultada no site do Imesc. O cálculo do PIB estadual é realizado pelo instituto em parceria com o IBGE, seguindo metodologia nacional com defasagem de dois anos, devido às pesquisas estruturais utilizadas no processo.

