Vários trabalhadores do transporte coletivo de São Luís realizaram, nesta segunda-feira (10), um protesto em frente à empresa 1001, localizada no bairro da Forquilha. A manifestação foi motivada pelo atraso no pagamento de salários e verbas indenizatórias a motoristas que estão de aviso prévio desde o dia 31 de outubro.

Segundo os trabalhadores, os consórcios Expresso Grapiúna e Expresso Rei de França, responsáveis pelas linhas operadas pela empresa, informaram que não há recursos disponíveis para quitar os valores devidos.
“A empresa, segundo ela, não tem os recursos para pagar as verbas trabalhistas dos trabalhadores. Inclusive também, quem está na ativa até agora não recebeu dinheiro. A medida deles é só aguardar, aguardar e aguardar”, afirmou o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Marcelo Brito.
De acordo com o cronograma das empresas, os pagamentos deveriam ter sido efetuados nesta segunda-feira (10). Entre os valores pendentes estão salários, verbas rescisórias, férias atrasadas, gratificações, 13º salário, ticket alimentação e vale-transporte.
Os consórcios propuseram um novo prazo de sete dias para realizar os pagamentos, mas a categoria rejeitou a proposta. “Se a empresa não realizar o pagamento, nós iremos realizar um novo protesto. Fomos demitidos, no entanto, estamos sem receber o que a empresa nos deve”, declarou o motorista Dimmas Oliveira Pires, que trabalha há nove meses na empresa e afirmou que há colegas com mais de 30 anos de casa.
Os consórcios Expresso Grapiúna e Expresso Rei de França operam diversas linhas que atendem bairros como Cohatrac, Rodoviária, São Francisco, Vila Itamar, Angelim, Turu, Parque Vitória, Alvorada e Tibiri, entre outros.
O sindicato enviou um ofício de 72 horas solicitando uma solução para o impasse. Caso contrário, segundo Marcelo Brito, a empresa poderá paralisar totalmente suas atividades.
A equipe do portal entrou em contato com a Prefeitura de São Luís, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET) e o Sindicato dos Rodoviários.
Em nota, a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) informou que as questões trabalhistas são de competência do SET, e que aguarda um entendimento entre as empresas consorciadas e o sindicato da categoria para resolver a situação.

