A startup maranhense Apoena Bioindustrial, que transforma o coco babaçu em insumos sustentáveis, será um dos destaques da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP 30, marcada para novembro, em Belém (PA). A empresa apresentará soluções que unem tecnologia, tradição extrativista e impacto climático positivo.
Localizada em Coroatá, na região dos Cocais, a Apoena foi selecionada entre mais de 100 candidatas no Demoday do Hub de Inovação Climática, realizado em São Paulo. A iniciativa é do Impact Hub em parceria com o programa PoMuC e a GIZ. O projeto vencedor inclui um aditivo bioativo que reduz o consumo de dióxido de carbono no agronegócio, diminuindo custos e promovendo a sustentabilidade.
Fundada com base na valorização do babaçu, a empresa desenvolveu tecnologia para o aproveitamento integral do fruto, ampliando suas aplicações e fortalecendo a tradição das quebradeiras de coco. Segundo a CEO, Márcia Werle, o trabalho busca unir inovação e impacto social.
“Abraçamos o coco babaçu como um ativo precioso da sociobiodiversidade amazônica, dedicando-nos à sua transformação integral para impulsionar a sustentabilidade e o desenvolvimento regional”, afirmou.
Dados levantados pela Apoena indicam que o babaçu ocupa 25 milhões de hectares no Brasil, com produção estimada em 62,5 milhões de toneladas ao ano. Apesar disso, apenas 6% das áreas são exploradas e só 0,27% do volume total é de fato aproveitado.
O objetivo da startup é também melhorar as condições de trabalho das quebradeiras de coco e ampliar o potencial econômico do babaçu, com a implantação de um sistema industrial que garanta o aproveitamento total dos insumos.

