O julgamento de Eduardo da Silva Noronha, acusado de sequestrar uma adolescente de 12 anos no Rio de Janeiro e mantê-la em cárcere privado em São Luís, seguirá em novembro, quando familiares da vítima deverão ser ouvidos. O caso, ocorrido em 2023, tramita em segredo de Justiça por envolver uma menor de idade.
Na sessão realizada nessa segunda-feira (29), na 8ª Vara Criminal Especializada em Crimes contra Criança e Adolescente da capital maranhense, prestaram depoimento testemunhas de defesa, acusação e o próprio réu. Eduardo responde pelos crimes de sequestro, estupro e cárcere privado.
O acusado chegou a ser preso em 2023, mas atualmente aguarda o julgamento em liberdade, sem monitoramento por tornozeleira eletrônica. Entre as medidas impostas pela Justiça, ele está proibido de deixar o país e de manter contato com a vítima.
A defesa de Eduardo afirma que buscará a absolvição. O advogado Fabrício Castro declarou que não houve relação sexual entre os dois e que o réu não cometeu os crimes imputados. Um laudo pericial confirmou que não ocorreu conjunção carnal.
Segundo a investigação, Eduardo conheceu a menina no TikTok e manteve contato com ela por dois anos. Em 2023, viajou até o Rio de Janeiro e a levou de carro até São Luís, em uma corrida de aplicativo que custou R$ 4 mil. Durante o período em que esteve com o acusado, a adolescente foi considerada desaparecida no RJ até ser localizada pela polícia no bairro Divinéia, em São Luís.
A Polícia Civil apura ainda se Eduardo manteve contato com outras menores pela internet. A vítima conseguiu pedir ajuda por meio do wi-fi de uma loja, o que possibilitou sua localização e resgate.

