A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% no trimestre encerrado em julho de 2025, o menor índice desde o início da série histórica, em 2012. No trimestre móvel anterior, a taxa era de 5,8%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.
O país tinha 6,118 milhões de pessoas desocupadas, o menor contingente desde o último trimestre de 2013 (6,1 milhões), enquanto o número de ocupados atingiu 102,4 milhões, com 39,1 milhões de trabalhadores com carteira assinada, outro recorde. O nível de ocupação — percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar — se manteve em 58,8%, também recorde.
Segundo William Kratochwill, analista da pesquisa, o resultado reforça o bom momento do mercado de trabalho:
“O mercado se mostra aquecido, resiliente, com características de um mercado em expansão. O estoque de pessoas fora da força de trabalho vem diminuindo.”
A pesquisa considerou todas as formas de ocupação — com ou sem carteira assinada, temporários e autônomos — e só classifica como desocupada a pessoa que procura emprego. A amostra abrange 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.
Entre maio e julho, o crescimento da ocupação foi puxado por três setores:
- Administração pública, defesa, educação, saúde e serviços sociais: +522 mil pessoas
- Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias e profissionais: +260 mil pessoas
- Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: +206 mil pessoas
A taxa de informalidade caiu para 37,8%, ante 38% no trimestre anterior, enquanto o total de trabalhadores sem vínculo formal chegou a 38,8 milhões. O analista ressaltou que a variação não teve significância estatística e que o aumento de empregos formais contribuiu para a queda da informalidade.
O rendimento médio do trabalhador foi de R\$ 3.484, o maior já registrado para o trimestre, levemente abaixo do trimestre encerrado em junho (R\$ 3.486). Já a massa de rendimentos totalizou R\$ 352,3 bilhões, alta de 2,5% em relação ao trimestre anterior.
A divulgação da PNAD Contínua foi adiada em 18 dias, da data original de 29 de agosto, por problemas técnicos do IBGE.

