A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (2), em Imperatriz, um líder de facção criminosa e outros três integrantes do grupo, todos com passagens pelo sistema penitenciário. A ação fez parte da “Operação Liberdade Temporária”, deflagrada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O principal investigado é apontado como mandante do sequestro, tortura e homicídio de Patrick Santos Silva, ocorrido em 30 de maio deste ano, em meio a desavenças relacionadas ao desvio de grande quantidade de drogas.
Entre os detidos está a companheira do suspeito. O líder foi localizado no endereço dela, no bairro Sebastião Régis, onde a polícia apreendeu celulares, incluindo um aparelho quebrado e escondido em uma lixeira, numa tentativa de destruir provas.
Segundo a DHPP, Patrick Santos teria sido sequestrado, mantido em cativeiro e executado por ordem da facção. As investigações apontam ainda a participação de outros criminosos na logística do crime, desde o financiamento até a execução.
Um corpo encontrado em 14 de agosto, enterrado no bairro Sebastião Régis, em estado avançado de decomposição, pode ser da vítima. O material foi enviado a São Luís para exame de genética forense.
A operação mobilizou cerca de 40 agentes da Polícia Civil e contou com apoio da 10ª Delegacia Regional, Denarc, Grupo de Operações Especiais da PM e Guarda Municipal de Imperatriz. Foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão domiciliar.
O nome da operação faz referência ao fato de que o líder da facção havia sido solto em 27 de agosto para cumprimento de prisão domiciliar temporária, mas foi flagrado em endereço diferente do autorizado, descumprindo a medida judicial.
De acordo com a delegada Alanna Lima, titular da DHPP, as investigações continuam para identificar e responsabilizar todos os envolvidos no crime.

