Os afogamentos continuam sendo a principal causa de acidentes fatais em locais de lazer aquático no Maranhão. De acordo com dados do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), 55 casos foram registrados no primeiro semestre deste ano, resultando em 20 mortes. O alerta é reforçado neste período de altas temperaturas e clima seco, que aumentam a procura por praias, rios e balneários.
Entre as principais medidas de prevenção, a corporação orienta a supervisão constante de crianças, o uso obrigatório de coletes salva-vidas e a atenção às condições do local. Segundo o comandante do Batalhão de Bombeiros Marítimo (BBMar), tenente-coronel Thiago Paiva, um dos maiores riscos está em banhistas que ultrapassam a linha de arrebentação, entrando em áreas de correntezas fortes e de difícil retorno.
Outro ponto crítico é a presença de crianças desacompanhadas na água. “Qualquer distração dos responsáveis pode resultar em acidente. Bastam segundos para que algo grave aconteça. Além disso, boias e coletes salva-vidas não substituem a supervisão de um adulto”, reforçou Paiva.
Perfil das vítimas
Segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), os homens jovens, especialmente em grupos, são os que mais se afogam — apresentando risco seis vezes maior do que as mulheres. A imprudência, como mergulhos em áreas proibidas e a superestimação da capacidade de nado, é apontada como fator determinante nesses casos.
O consumo de bebidas alcoólicas próximo à água também aumenta os riscos, pois reduz reflexos, causa fadiga muscular e pode provocar desorientação.
Turismo e prevenção
Excursões turísticas são outro fator de preocupação. Visitantes de outras cidades muitas vezes desconhecem os trechos perigosos das praias locais, como buracos, pedras e correntezas.
“É fundamental buscar orientação com os salva-vidas antes de entrar na água”, destacou o comandante do BBMar.
Para reforçar a segurança, o Corpo de Bombeiros mantém equipes em pontos estratégicos das praias da Região Metropolitana de São Luís, equipadas com guarda-vidas treinados, embarcações e veículos aquáticos. Em caso de emergência, a recomendação é acionar o posto mais próximo ou ligar para o número 193.

