A Polícia Civil do Maranhão deflagrou, na manhã desta quinta-feira (10), a operação “Giro Zero”, voltada ao combate de rachas ilegais, poluição sonora e à atuação de grupos organizados que vinham transformando vias públicas em pistas de corrida na Grande São Luís. A ação foi coordenada pela Delegacia Especial do Meio Ambiente (Dema), com apoio do Ministério Público Estadual e de centros de inteligência.

Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em endereços localizados em São Luís, São José de Ribamar e Paço do Lumiar. Os alvos incluíam imóveis e veículos envolvidos em práticas que colocavam em risco a segurança viária e causavam perturbação ao sossego público.
Até o momento, foram apreendidos seis carros, quatro celulares e uma espingarda calibre .38. Segundo a Polícia Civil, os mandados foram cumpridos logo ao amanhecer para garantir a integridade das provas e evitar a fuga dos suspeitos.

Os veículos e equipamentos apreendidos serão periciados pelo Instituto de Criminalística (Icrim), que emitirá laudos técnicos para verificar a participação dos bens nos crimes investigados. Os automóveis recolhidos estão sendo removidos com o apoio do Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRv) e da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) e permanecerão sob custódia até a conclusão do processo legal.

As investigações, que já duram vários meses, apontam que os suspeitos utilizavam aplicativos de mensagens para marcar os encontros e disputar rachas durante a madrugada, especialmente entre 23h e 2h, período de menor circulação nas principais avenidas da capital.
“Durante esse tempo, colhemos imagens, mapeamos rotas e identificamos os envolvidos nessa prática perigosa que é o racha”, afirmou o delegado Lúcio Reis, titular da Dema.
A operação também responde a diversas denúncias da população sobre manobras perigosas e perturbação do sossego em bairros residenciais. A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão destacou que a ação reforça o compromisso de coibir práticas ilegais que colocam em risco a segurança e o bem-estar dos moradores da região metropolitana. As investigações continuam com foco na responsabilização penal de todos os envolvidos.

