Mercado reage com alívio após revogação do aumento do IOF

No dia seguinte à revogação do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o mercado financeiro brasileiro reagiu de forma positiva. A quinta-feira (26) foi marcada por queda do dólar e recuperação da bolsa de valores, em um cenário influenciado também pela desaceleração da inflação e fatores internacionais favoráveis.

O dólar comercial encerrou o dia vendido a R\$ 5,498, com recuo de 1,02% (R\$ 0,055). A moeda norte-americana acumula queda de 3,88% apenas em junho, e no acumulado de 2025, já recua 11,01%.

Na bolsa de valores, o índice Ibovespa avançou 0,99% e fechou aos 137.114 pontos, recuperando as perdas da sessão anterior. Com o desempenho do dia, a bolsa acumula leve alta de 0,06% em junho e valorização de 13,99% no ano.

Revogação do IOF e impacto fiscal

A decisão do Congresso Nacional de derrubar o decreto que elevava o IOF foi bem recebida pelo mercado. Apesar do impacto fiscal negativo estimado em R\$ 12 bilhões, a expectativa dos investidores é de que a medida force o governo a buscar alternativas como a contenção de gastos públicos, o que é visto com bons olhos pelos agentes econômicos.

Inflação menor que a esperada

Outro fator que impulsionou o mercado nesta quinta foi a divulgação do IPCA-15, prévia da inflação oficial, que ficou em 0,26% em junho. O resultado veio abaixo das projeções e refletiu, principalmente, a queda nos preços dos alimentos. A surpresa positiva reacendeu as expectativas de que o Banco Central possa antecipar o início do ciclo de corte da taxa básica de juros, a Selic.

Cenário internacional também favoreceu

No exterior, o mercado foi beneficiado pela manutenção do cessar-fogo entre Israel e Irã, além da divulgação de dados que apontam desaceleração da economia dos Estados Unidos. Esses sinais aumentaram as apostas de que o Federal Reserve (Fed) poderá cortar os juros básicos ainda este ano, o que tende a beneficiar economias emergentes como o Brasil, ao atrair capital estrangeiro em busca de rendimentos mais elevados.

Combinados, os fatores internos e externos criaram um ambiente mais tranquilo para os investidores, marcando um dia de alívio após semanas de maior tensão no mercado financeiro.