Durante a sessão plenária desta quinta-feira (26), o deputado Antônio Pereira (PSB) expressou preocupação com a proposta do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) de criar uma nova reserva ambiental de mais de 120 mil hectares no município de Amarante do Maranhão. O parlamentar destacou os possíveis impactos negativos da medida sobre a população local, majoritariamente composta por pequenos e médios produtores rurais.
Segundo Antônio Pereira, a proposta foi discutida em reunião realizada na quarta-feira (25), em Brasília, com participação de prefeitos da Região Tocantina, lideranças políticas, como o senador Weverton Rocha, o ministro André Fufuca, deputados federais, além de representantes de sindicatos e entidades rurais. O deputado criticou a intenção do governo federal de ampliar ainda mais a área de terras destinadas a povos originários e reservas ambientais, ressaltando que Amarante já tem mais de 55% do seu território ocupado por essas áreas.
O parlamentar alertou que, com a nova reserva, essa porcentagem poderia ultrapassar 75%, o que, segundo ele, comprometeria o desenvolvimento urbano e econômico da cidade, cuja sede ficaria praticamente cercada pela reserva. Antônio Pereira também questionou a transparência do processo, citando que o presidente do ICMBio, Mauro Oliveira Pires, afirmou desconhecer o tema durante a reunião em Brasília.
Para o deputado, o momento político e social exige equilíbrio e diálogo, evitando a abertura de novas frentes de conflito fundiário. Ele defendeu que o governo priorize políticas públicas que beneficiem tanto os povos originários quanto os produtores rurais da região, com foco em trabalho, educação e saúde.
Antônio Pereira encerrou seu pronunciamento repudiando a proposta e afirmando que continuará acompanhando o caso. “Estarei sempre presente nesta tribuna para defender os interesses do povo da região Tocantina. Não me calarei diante de mais esse conflito fundiário desnecessário”, concluiu.

