A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (25) a Operação Multiplus, com o objetivo de combater a aquisição, armazenamento e compartilhamento de arquivos com cenas de abuso sexual de crianças e adolescentes. A operação cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados, incluindo o município de Imperatriz, no Maranhão.
Além do Maranhão, a ação também ocorreu em Nova Iguaçu (RJ), Londrina (PR) e Cuiabá (MT). Segundo a PF, um dos investigados, alvo de mandado em Nova Iguaçu, comercializava pela internet fotos e vídeos com cenas de abuso infantojuvenil, em parceria com outro homem que já havia sido preso em maio deste ano, durante a Operação Proteção Integral II, em Vitória da Conquista (BA).
A PF informou que o objetivo da operação é tirar de circulação criminosos que atuam nesse tipo de prática, considerada crime mesmo sem contato físico com as vítimas. “Estudos e a experiência policial indicam que essas pessoas, além de armazenar tais arquivos, tendem a progredir criminosamente e, se tiverem oportunidade de abusar de uma criança ou adolescente, não hesitarão em fazê-lo”, afirmou o delegado federal Giuliano Cucco, responsável pela investigação.
As apurações tiveram início a partir de relatórios enviados pela National Center for Missing & Exploited Children (NCMEC), organização norte-americana sem fins lucrativos que atua na proteção infantil e é reconhecida pelo Congresso dos Estados Unidos.
A Operação Multiplus faz parte do compromisso internacional assumido pelo Brasil na Convenção sobre os Direitos da Criança, assinada na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) em 1989, e reforça a atuação do país na proteção de crianças e adolescentes contra crimes sexuais.

