Na manhã desta terça-feira (10), cerca de 40 motocicletas foram apreendidas durante mais uma fase da Operação Rolezinho, realizada na altura do Elevado da Cohama, em São Luís. A ação é uma força-tarefa composta pelo Ministério Público do Maranhão (MPMA), Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRV), Polícia Civil e Instituto de Criminalística (Icrim).

De acordo com o promotor Cláudio Guimarães, esta etapa da operação foi administrativa e não resultou em prisões ou conduções. As apreensões ocorrem em razão de infrações de trânsito que, em muitos casos, configuram também crimes.

“A supressão da placa da motocicleta é infração de trânsito e crime previsto no artigo 311 do Código Penal. O uso de descarga esportiva é infração e crime ambiental, conforme o artigo 59 da Lei de Crimes Ambientais”, explicou.

Após a apreensão, o MP é informado e pode solicitar abertura de inquérito policial para investigar possíveis práticas criminosas. Inquéritos referentes a motos sem placa são encaminhados à Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV), enquanto os relacionados a crimes ambientais ficam sob a Delegacia do Meio Ambiente. Concluída a investigação, o MP pode optar por processar criminalmente o infrator ou propor acordo para evitar a persecução penal.

Desde o início da Operação Rolezinho, em 2021, mais de 2 mil motocicletas já foram apreendidas. Segundo o MP, a ação tem impacto direto na segurança, trânsito e ordem pública, uma vez que motocicletas sem placa estão frequentemente associadas à prática de crimes.

Dados do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) indicam que, entre novembro de 2024 e fevereiro de 2025, foram registrados 408 roubos na Grande Ilha de São Luís cometidos com o uso de motos sem placa, reforçando a importância da operação no combate à criminalidade.