Após quase 24 horas de julgamento, o 2º Tribunal do Júri de São Luís condenou, na madrugada desta quinta-feira (22), Manoel Mariano de Sousa Filho a 16 anos de reclusão pela coautoria no assassinato do próprio pai, Manoel Mariano de Sousa, o “Nenzin”, ex-prefeito de Barra do Corda-MA. O réu foi levado à Penitenciária de Pedrinhas, onde cumprirá a pena em regime fechado.
O júri foi presidido pelo juiz Clésio Coelho Cunha. A acusação ficou a cargo dos promotores de justiça Washington Cantanhede e Raimundo Benedito Barros, com apoio do advogado Misael Mendes Júnior, assistente de acusação. Sete testemunhas foram ouvidas, entre elas o delegado responsável pelo caso, dois policiais militares e um funcionário da família.
Manoel Filho foi condenado por homicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, por dificultar a defesa da vítima e por ter cometido o crime para ocultar outro delito. O crime ocorreu em 6 de dezembro de 2017, por volta das 7h da manhã, no Loteamento Morada do Rio Corda, em Barra do Corda. Nenzin foi morto com um tiro à queima-roupa, próximo ao pescoço, em uma área deserta, onde foi levado pelo filho. Segundo a sentença, a vítima foi surpreendida e não teve chance de defesa.
Durante o interrogatório, Manoel Mariano de Sousa Filho negou envolvimento no crime. No entanto, o júri considerou consistentes as provas apresentadas pelo Ministério Público.
Outro acusado, o vaqueiro Luzivan Rodrigues da Conceição Nunes, apontado como coautor, também está preso por outro homicídio. A pedido do Ministério Público, o processo foi desmembrado e o julgamento de Luzivan está marcado para 9 de julho.
Inicialmente, o julgamento ocorreria em Barra do Corda, mas foi transferido para São Luís por determinação do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), visando garantir a imparcialidade do júri, já que a vítima era uma figura pública com forte influência local.
Ao final da sessão, o juiz Clésio Cunha negou o direito de recurso em liberdade ao réu e determinou sua imediata prisão. Manoel Filho já havia ficado preso preventivamente entre dezembro de 2017 e outubro de 2019.

