A motorista Maria do Perpétuo Socorro, responsável por atropelar oito pessoas no último domingo (18) em Balsas, será submetida a uma audiência de custódia nesta terça-feira (20), às 9h30, na 3ª Vara Criminal da cidade. Presa desde o dia do acidente, a condutora poderá ter a prisão mantida ou ser liberada para responder ao processo em liberdade, conforme decisão judicial.
O caso comoveu a população de Balsas. Uma das vítimas, Maria Eduarda Silva, de 18 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu após ser socorrida no Hospital Municipal. Seu sepultamento está marcado para as 8h30 desta terça-feira, no Cemitério dos Anjos, no bairro Crise. Durante a cerimônia, está previsto um protesto silencioso organizado por familiares e amigos.
O filho de Maria Eduarda, um bebê de apenas três meses, sofreu fraturas nas duas pernas e permanece internado em estado estável no Hospital Regional. A irmã da vítima fatal, Maria Aparecida Silva Oliveira, de 17 anos, também foi atingida e sofreu fratura no fêmur. Ela segue internada sob observação médica. Outras cinco vítimas já receberam alta.
De acordo com a Polícia Civil, a motorista se recusou a fazer o teste do bafômetro no momento do acidente. As investigações estão em andamento e contam com análise de imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas. A perícia técnica também será reforçada para esclarecer com precisão as circunstâncias do atropelamento.
O inquérito policial foi instaurado e deve ser concluído em até dez dias. As autoridades avaliam se Maria do Perpétuo responderá por homicídio culposo (sem intenção de matar) ou doloso (quando há assunção de risco). A decisão dependerá das provas reunidas ao longo da investigação.
O acidente aconteceu na tarde de domingo (18), na Avenida Francisco Lima, no bairro São Luís, em Balsas. Uma caminhonete em alta velocidade atropelou um grupo de pedestres que caminhava pela via. Imagens de segurança mostram que as vítimas estavam de costas e não tiveram tempo de reação.
A via, que tem baixo fluxo de veículos, estava praticamente deserta no momento do atropelamento, com apenas os pedestres no local. A tragédia expôs a vulnerabilidade de quem circula a pé em áreas urbanas e levantou discussões sobre segurança no trânsito na cidade.
A Polícia Civil reforça que todas as providências estão sendo tomadas para garantir a responsabilização dos envolvidos.

