CBF vive crise política após afastamento de presidente, mas mantém Ancelotti na Seleção

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enfrenta um novo episódio de instabilidade institucional após o afastamento do presidente Ednaldo Rodrigues, determinado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, com base em alegações de irregularidades na sua reeleição. A crise eclode apenas três dias após o anúncio da contratação do técnico Carlo Ancelotti como novo comandante da Seleção Brasileira, o que chegou a levantar incertezas sobre a continuidade do acordo.

No entanto, segundo fontes ouvidas pelo Globo Esporte, não há risco de rompimento contratual. O técnico italiano, que atualmente comanda o Real Madrid, já teria sido informado sobre a saída de Ednaldo Rodrigues e, segundo interlocutores, reafirmou que nada muda em relação ao seu compromisso com a CBF. “O contrato é com a entidade, não com Ednaldo”, teria dito Ancelotti.

O interventor nomeado pela Justiça, Fernando Sarney, afirmou que sua gestão será “transitória” e não haverá alterações nas decisões relacionadas ao futebol. Sarney é vice-presidente da CBF e foi indicado para comandar temporariamente a entidade até a resolução jurídica definitiva do caso.

Contrato robusto e previsto para instabilidade

Ancelotti, que assume oficialmente em junho de 2025, após o fim da temporada europeia, firmou um contrato robusto, que inclui cláusulas que preveem instabilidade política na CBF. As tratativas foram conduzidas por Diego Fernandes, intermediário oficial da negociação, e contaram com o aval de diferentes grupos dentro da entidade inclusive de opositores de Ednaldo, que garantiram apoio à permanência do italiano, mesmo com mudanças no comando.

O acordo é válido até o final da Copa do Mundo de 2026, com salário estimado em R\$ 4 milhões mensais e bônus de 5 milhões de euros em caso de título mundial.

Retorno histórico de um estrangeiro à Seleção

A chegada de Carlo Ancelotti marca o retorno de um técnico estrangeiro ao comando da Seleção Brasileira após quase 60 anos. O último havia sido o argentino Filpo Núñez, que comandou o time em 1965 em caráter interino. A contratação do multicampeão técnico italiano simboliza a busca da CBF por renovação e resultados, especialmente após as campanhas frustrantes nos últimos torneios internacionais.

A expectativa é que Ancelotti traga sua experiência e liderança para recolocar o Brasil no protagonismo do futebol mundial, com foco total na conquista da Copa do Mundo de 2026.

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