Com o aumento da urbanização e os efeitos das mudanças climáticas, a presença de animais silvestres e peçonhentos em áreas residenciais tem se tornado cada vez mais comum no Maranhão. Entre janeiro e abril de 2025, o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) contabilizou 1.830 capturas de animais, sendo 68% das ocorrências em São Luís.

Os registros incluem picadas de aranhas, mordidas de cobras e ataques de outras espécies silvestres, que surgem em busca de alimento, abrigo ou água. O alerta dos bombeiros é claro: ao avistar qualquer animal silvestre ou peçonhento, não tente capturá-lo. A orientação é acionar imediatamente os órgãos competentes, como o próprio CBMMA, pelo número 193.

Das ocorrências registradas no estado, 1.179 envolvem animais silvestres — como cobras, jacarés e bichos-preguiça — e 464 são relacionadas a insetos e peçonhentos, como aranhas e abelhas. Em São Luís, foram capturados 832 animais silvestres e 321 insetos peçonhentos, além de animais domésticos resgatados em apoio a órgãos municipais.

“Muitos desses animais estão sendo empurrados para áreas urbanas por conta da destruição de seus habitats. Com o calor, por exemplo, cobras buscam água em jardins, piscinas ou caixas d’água”, explica o tenente-coronel Marcos Bittencourt, chefe da 5ª Seção do CBMMA.

Além das ações de resgate, o Corpo de Bombeiros realiza campanhas educativas em escolas e comunidades, promovendo a conscientização sobre convivência segura e preservação ambiental. A corporação também destaca a importância ecológica desses animais, como o controle de pragas e roedores.

Cuidados em caso de aparecimento

O CBMMA recomenda:

• Não tentar capturar o animal por conta própria;
• Manter distância, sem movimentos bruscos;
• Isolar o local, fechando portas e janelas;
• Em caso de picadas ou acidentes, procurar atendimento médico imediato e, se possível, identificar o animal.

Para atendimentos, a população pode acionar o Batalhão de Bombeiros Ambiental (BBA), especializado em ocorrências com fauna silvestre, pelo telefone 193.