Setor público registra superávit primário de R$ 3,6 bilhões em março, segundo Banco Central

O setor público consolidado brasileiro – que inclui União, Estados, municípios e estatais – registrou superávit primário de R$ 3,6 bilhões em março de 2025, conforme dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo Banco Central (BC). O número representa uma melhora em relação ao mesmo mês de 2024, quando o superávit foi de R$ 1,2 bilhão.

Segundo o BC, o Governo Central – formado pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – apresentou superávit de R$ 2,3 bilhões no mês. Já os governos regionais (estados e municípios) contribuíram com superávit de R$ 6,5 bilhões, enquanto as estatais somaram R$ 566 milhões de resultado positivo.

No acumulado dos últimos 12 meses, o setor público registrou déficit primário de R$ 13,5 bilhões, o equivalente a 0,38% do Produto Interno Bruto (PIB), número inferior ao registrado em fevereiro, quando o déficit era de R$ 15,9 bilhões (0,51% do PIB).

Juros nominais e resultado nominal


Os juros nominais pagos pelo setor público em março chegaram a R$ 75,2 bilhões, valor superior ao mesmo mês de 2024, quando totalizaram R$ 64,2 bilhões. No acumulado de 12 meses, os juros nominais somaram R$ 935 bilhões, representando 7,8% do PIB.

Com isso, o resultado nominal – que inclui o resultado primário e os juros nominais – foi deficitário em R$ 71,6 bilhões no mês. No acumulado de 12 meses, o déficit nominal alcançou R$ 948,5 bilhões, ou 7,92% do PIB.

Dívida pública


A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que inclui o governo federal, o INSS e os entes subnacionais, alcançou R$ 9,1 trilhões em março, correspondendo a 75,9% do PIB – uma leve redução de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior.

Já a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) atingiu R$ 7,4 trilhões, equivalente a 61,6% do PIB, com alta de 0,2 ponto percentual em março. No acumulado do ano, a elevação foi de 0,1 ponto percentual, impactada por fatores como juros nominais (+1,6 p.p.), valorização cambial (+0,9 p.p.), e superávit primário (-0,7 p.p.), entre outros.