A Petrobras alcançou um aumento de 5,4% na produção média de petróleo, líquidos de gás natural (LGN) e gás natural no primeiro trimestre de 2025, totalizando 2,77 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed). Segundo a companhia, o crescimento foi puxado pela redução de perdas com manutenções, ganhos operacionais na Bacia de Santos e pela entrada em operação de novas plataformas no pré-sal.
Entre os destaques estão o FPSO Almirante Tamandaré, no campo de Búzios, e o FPSO Marechal Duque de Caxias, no campo de Mero. Ambos os navios-plataforma contribuíram para ampliar a capacidade produtiva da estatal, mesmo com o impacto do declínio natural dos campos.
A diretora de Engenharia, Tecnologia e Produção da Petrobras, Renata Baruzzi, destacou a importância estratégica do FPSO Almirante Tamandaré:
“É uma plataforma de alta capacidade, com potencial para produzir até 225 mil barris de óleo e processar 12 milhões de m³ de gás por dia, além de contar com tecnologias modernas de descarbonização que elevam a eficiência e reduzem emissões”, afirmou.
Vendas em queda no início do ano
Apesar do bom desempenho na produção, as vendas de derivados de petróleo apresentaram retração em comparação ao quarto trimestre de 2024. O recuo é atribuído à sazonalidade típica do início do ano.
As vendas de gasolina caíram 7,9% no primeiro trimestre, enquanto as de querosene de aviação (QAV) recuaram 1,7%. O consumo de GLP (gás de cozinha) teve queda de 3,3%, influenciado por temperaturas mais altas e menor demanda residencial nas férias.
A comercialização de óleo combustível também caiu 12,5%, devido à redução na demanda do setor industrial, que aumentou o uso de gás natural. Já as vendas de nafta recuaram 17,3%, impactadas pela parada da Refinaria Abreu e Lima (RNEST).
No setor de energia elétrica, a estatal também registrou queda nas vendas, mas houve crescimento no fornecimento para o segmento marítimo, impulsionado pelo aumento sazonal do consumo em navios de cruzeiro.

