O 2º Tribunal do Júri de São Luís condenou Wemerson Costa Ribeiro a oito anos e oito meses de reclusão por tentativa de homicídio e aborto provocado contra sua ex-companheira, identificada pelas iniciais F.G.R. O crime aconteceu em 25 de janeiro de 2014, entre 16h e 18h30, em uma pousada localizada no Centro da capital maranhense. A sentença foi proferida em julgamento realizado no último dia 2 de abril.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o acusado não aceitava o fim do relacionamento de dois anos com a vítima, que estava no sétimo mês de gestação de outro homem. No dia do crime, Wemerson convenceu a ex a encontrá-lo em uma pousada. No local, iniciou uma série de agressões físicas: socos no rosto e golpes de faca no abdômen, face e coxa, que resultaram na morte do feto.
Durante o julgamento, o juiz Clésio Coelho Cunha, titular da 2ª Vara do Júri, destacou que o réu tinha pleno conhecimento da gravidez e, ainda assim, assumiu o risco de provocar o aborto ao tentar matar a ex-companheira. A pena deverá ser cumprida em regime fechado na Penitenciária de Pedrinhas. No entanto, o juiz concedeu ao condenado o direito de recorrer da decisão em liberdade.
Na mesma semana, o 2º Tribunal do Júri também julgou Luís Filipe de Sousa, acusado de homicídio contra Rayanderson Pinto Pinheiro, ocorrido em 14 de março de 2019 no bairro Santa Clara, em São Luís. A sessão, realizada na última sexta-feira (11), terminou com a absolvição do réu após os jurados acolherem a tese de negativa de autoria apresentada pela defesa.
A sessão foi presidida também pelo juiz Clésio Coelho Cunha. Aturaram no julgamento o promotor de justiça Washington Luiz Maciel Cantanhede e o defensor público Bernardo Laurindo Santos Filho.
Durante a audiência, um momento inusitado chamou atenção: uma testemunha precisou levar o filho pequeno ao Tribunal por não ter com quem deixá-lo. A criança, agitada e chorando, foi acolhida na mesa ao lado do juiz e do promotor para que a mãe pudesse prestar depoimento com tranquilidade. O magistrado explicou que a medida buscou acalmar o menino e garantir que a testemunha pudesse colaborar com o julgamento.

