O Imperatriz estreou na Série D do Campeonato Brasileiro com um empate sem gols diante do Parnahyba, neste domingo (20), no Estádio Pedro Alelaf, em Parnaíba (PI). A partida, válida pela primeira rodada do Grupo A02, foi marcada tanto pelo equilíbrio em campo quanto por um episódio lamentável de injúria racial.

Preservando parte do elenco para a decisão do Campeonato Maranhense contra o Moto Club, marcada para quarta-feira (23), o “Cavalo de Aço” saiu de campo comemorando o ponto conquistado fora de casa. O goleiro Redson foi destaque com boas defesas, enquanto Rafael Grampola quase abriu o placar para o time maranhense ao acertar a trave. O Parnahyba, por sua vez, pressionou mais no segundo tempo, com destaque para o atacante Rafael Teixeira, ex-Maranhão Atlético.

A próxima partida do Imperatriz na Série D será contra o Iguatu (CE), líder da chave, no próximo sábado (26), às 19h30, no Estádio Frei Epifânio, em Imperatriz.

A partida foi interrompida aos 23 minutos do segundo tempo, após o árbitro assistente Raimundo David dos Reis Alves denunciar ter sido vítima de injúria racial por parte de um torcedor do Parnahyba. O episódio ocorreu no momento em que o meia-atacante Bismarck, do time piauiense, se preparava para cobrar um escanteio.

O árbitro principal, Alciney Santos de Araújo, do Rio Grande do Norte, foi chamado pelo assistente, que indicou o autor da ofensa. O torcedor foi identificado e detido pela Polícia Militar no estádio, mas, segundo informações do GE Piauí, acabou sendo liberado após o jogo sem prestar depoimento, já que a “parte que acusou não compareceu à delegacia”.

O delegado da partida, Daniel Araújo, confirmou que o árbitro assistente relatou ter sido chamado de “macaco” pelo torcedor.

A denúncia se soma a outros casos recentes de racismo no futebol brasileiro e reacende o debate sobre a efetividade das punições e da responsabilização nos estádios.

A CBF ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido.