A ameaça de uma nova pandemia provocada pelo vírus da gripe aviária continua preocupando autoridades e especialistas em saúde pública. Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Mônica Levi, o desenvolvimento de vacinas mais modernas e eficazes é fundamental para conter o avanço de mutações do vírus Influenza A H5N1.
Entre as principais apostas está a chamada vacina universal contra a gripe, que busca proteção contra todos os tipos de Influenza e já apresentou resultados promissores em testes iniciais. Vacinas específicas contra o H5N1 também já foram desenvolvidas e estoques emergenciais estão disponíveis em cerca de 20 países.
No Brasil, o Instituto Butantan, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), lidera o desenvolvimento de um novo imunizante. A vacina já passou pela fase de testes em animais, com bons resultados, e agora os pesquisadores buscam voluntários para a etapa de testes em humanos, enquanto aguardam autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 2003 e março de 2025 foram registrados 969 casos de infecção humana por gripe aviária, com 457 mortes, o que representa uma letalidade superior a 50%. O dado reforça a urgência em avançar na imunização preventiva.

