Uma denúncia encaminhada ao Ministério Público do Maranhão (MPMA) revela que a Prefeitura de São Luís, sob o comando de Eduardo Braide, liberou milhões de reais para contratos de shows com indícios de superfaturamento e irregularidades, enquanto artistas locais seguem sem pagamento por serviços prestados.
De acordo com documentos obtidos pela Associação dos Auditores de Controle Interno do Município (AACIM), a gestão utilizou dotação orçamentária de 2024 para cobrir despesas de 2025, o que configura crime contra as finanças públicas. A denúncia aponta que contratos para eventos como o Réveillon e o Carnaval tiveram valores muito acima do mercado, como os cachês de Michelle Andrade (R$ 480 mil, 220% acima do preço de referência), Turma do Pagode (R$ 550 mil, com aumento de 134%) e Pedro Sampaio (R$ 550 mil, 51% superior à mediana).
A AACIM também acusa o Controlador-Geral do Município, Sérgio Motta, de homologar os pagamentos sem competência legal, desconsiderando relatórios técnicos que indicavam irregularidades. Além disso, a Procuradoria-Geral do Município (PGM), comandada por Valdélia Campos, teria emitido pareceres questionáveis para justificar os repasses.
A denúncia pede a suspensão imediata dos pagamentos, a anulação dos contratos, a responsabilização criminal dos envolvidos e uma investigação por improbidade administrativa contra Eduardo Braide e outros gestores da Prefeitura. Até o momento, a administração municipal não se manifestou sobre o caso.

