O 2º Tribunal do Júri de São Luís condenou Eugênio Sousa Lindoso a 12 anos, cinco meses e 19 dias de reclusão pelo assassinato de Gleysson Lindoso Martins. O crime ocorreu na madrugada do dia 25 de novembro de 2022, na Avenida dos Africanos, próximo ao bairro Sítio Leal, na região do Coroadinho. O julgamento foi realizado nesta segunda-feira (31), no Fórum Desembargador Sarney Costa, no bairro Calhau.

O juiz Clésio Coelho Cunha, titular da 2ª Vara do Júri, presidiu a sessão e determinou que o réu cumpra a pena em regime fechado na Penitenciária de Pedrinhas, negando-lhe o direito de recorrer em liberdade. Durante o julgamento, foram ouvidas seis testemunhas, incluindo familiares da vítima e pessoas que presenciaram o crime.

Na acusação, atuaram o promotor de justiça Washington Luiz Cantanhede e o advogado Jonilton Lemos como assistente. A defesa foi conduzida pelo defensor público Bernardo Laurindo Santos Filho. Durante seu interrogatório, Eugênio Sousa Lindoso confessou o crime e alegou estar alcoolizado no momento dos fatos. Ele também declarou que não conhecia a vítima.

O Conselho de Sentença, por maioria, reconheceu a materialidade e autoria do crime, classificando o homicídio como qualificado por motivo fútil e pelo uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Ambos, réu e vítima, trabalhavam como motoristas.

Testemunhas relataram que, antes do crime, acusado e vítima consumiam bebida alcoólica em um bar da região, em mesas separadas. Em determinado momento, Eugênio Sousa Lindoso pediu para sentar-se à mesa de Gleysson Lindoso Martins, mas teve o pedido recusado. Após esse episódio, o acusado foi para casa e retornou posteriormente ao estabelecimento.

Quando voltou ao bar, Eugênio Sousa Lindoso se dirigiu novamente à mesa da vítima, que se preparava para ir embora, e desferiu dois golpes de faca contra Gleysson Lindoso Martins. Ferido, ele tentou fugir em direção a um posto de gasolina, mas foi perseguido pelo agressor. A vítima caiu na Avenida dos Africanos, onde recebeu mais golpes de faca e morreu no local.

Na sentença, o magistrado destacou que a vítima deixou duas filhas menores de idade, que presumivelmente sofreram impactos psicológicos e financeiros com sua morte. O juiz também ressaltou que o comportamento da vítima não contribuiu para o crime.

Com a condenação, Eugênio Sousa Lindoso foi imediatamente encaminhado para a Penitenciária de Pedrinhas, onde cumprirá a pena inicialmente em regime fechado.