Tesouro direto tem emissão líquida de R$ 2,54 bilhões em fevereiro

As vendas de títulos do Tesouro Direto totalizaram R$ 5,762 bilhões em fevereiro deste ano, enquanto os resgates somaram R$ 3,218 bilhões. Desse total, R$ 2,999 bilhões foram referentes a recompras antecipadas e R$ 219 milhões a vencimentos. Assim, as emissões líquidas atingiram R$ 2,544 bilhão no período, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Tesouro Nacional.

Os títulos mais procurados foram os vinculados à Taxa Selic, representando 55,1% das vendas. Os papéis corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) corresponderam a 30,9%, enquanto os prefixados somaram 14%. O interesse pelos títulos atrelados à Selic se deve à taxa básica de juros elevada, atualmente em 14,25% ao ano, com previsão de alta. A busca por papéis indexados à inflação também reflete o IPCA acumulado em 12 meses, que está em 4,87%.

O estoque total do Tesouro Direto chegou a R$ 164 bilhões no fim de fevereiro, aumento de 2,6% em relação ao mês anterior e de 24,8% na comparação com fevereiro de 2023.

O programa registrou 251.101 novos investidores em fevereiro, elevando o total para 31.744.271, crescimento de 14,6% em 12 meses. O número de investidores ativos chegou a 3.026.427, um aumento de 19,2% no período. No mês, houve um acréscimo de 15.548 investidores ativos.

A maioria das vendas (79%) foi de aplicações de até R$ 5 mil, com destaque para as operações de até R$ 1 mil, que representaram 56,4%. O valor médio das transações ficou em R$ 8.777,24.

Os investidores têm preferido títulos de curto prazo. As vendas de papéis com vencimento em até cinco anos corresponderam a 46,4% do total, seguidas pelos títulos com prazo de cinco a dez anos (33,1%) e os de mais de dez anos (20,5%).

O balanço completo do Tesouro Direto pode ser consultado no site do Tesouro Nacional.

Criado em 2002, o Tesouro Direto permite que pessoas físicas adquiram títulos públicos diretamente pela internet, sem intermediação de agentes financeiros. O investidor arca apenas com uma taxa semestral da B3, responsável pela custódia dos títulos.

A emissão de títulos é um dos mecanismos utilizados pelo governo para captar recursos e honrar compromissos financeiros. Em troca, o Tesouro Nacional devolve o valor investido com um adicional, que pode ser baseado na Selic, na inflação, no câmbio ou em uma taxa prefixada.

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