Júri condena três homens por homicídios em Peri Mirim

O Poder Judiciário da Comarca de Bequimão realizou, nesta semana, duas sessões do Tribunal do Júri nos dias 19 e 20 de março, condenando três homens por homicídios ocorridos no município de Peri Mirim (MA). As sessões aconteceram na Câmara de Vereadores de Peri Mirim e foram presididas pela juíza Flor de Lys Ferreira Amaral.

No primeiro julgamento, Marcelo Ribeiro Gonçalves, conhecido como “Sugador de Almas”, foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão pelo assassinato de Kedson dos Santos Oliveira, ocorrido em 1º de abril de 2023.

Segundo a denúncia, o crime aconteceu em uma danceteria chamada “Choperia Opção”. Marcelo, acompanhado de Tales Ribeiro e Luís Carlos Mendes, teria alvejado a vítima com tiros de pistola após uma discussão. Kedson foi atingido pelas costas e, já caído, recebeu mais disparos.

Os três suspeitos fugiram disparando para o alto e buscaram abrigo na casa de João Paulo, que teria auxiliado na fuga. Kedson foi socorrido e encaminhado ao Hospital Antenor Abreu, em Pinheiro, mas não resistiu aos ferimentos.

O Conselho de Sentença considerou Marcelo Ribeiro culpado, e ele foi sentenciado à prisão.

Na sessão do dia 20 de março, os réus Carlos Eduardo Andrade dos Inocentes e Lucas Leite foram julgados pelo homicídio de Marinalva Pereira, ocorrido em 13 de agosto de 2024, no povoado Meão, zona rural de Peri Mirim.

O crime foi motivado pela crença de que a vítima teria contratado um “trabalho espiritual” para prejudicar familiares dos acusados. Carlos Eduardo e Lucas armaram uma emboscada e, ao avistarem Marinalva, a interceptaram de motocicleta e dispararam contra sua testa com uma garrucha. Ela morreu no local.

A Polícia Militar prendeu os acusados e apreendeu as armas do crime. Em depoimento, ambos confessaram o assassinato.

O julgamento resultou em 12 anos de prisão para Carlos Eduardo, além de um ano de detenção pelo porte ilegal de arma. Lucas Leite recebeu pena de 14 anos e três meses de prisão, mais um ano de detenção pelo mesmo crime.

As condenações reforçam o compromisso da Justiça do Maranhão no combate à violência na região.