Mercado financeiro eleva previsão de inflação pela 19ª semana consecutiva

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) piorou pela 19ª semana consecutiva, passando de 5,6% para 5,65% em 2024. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (24) pelo Boletim Focus, publicado pelo Banco Central.

Em janeiro, o IPCA registrou alta de 0,16%, o menor índice para o mês desde 1994. Esse resultado histórico foi impulsionado pelo desconto na conta de luz do Bônus Itaipu, que beneficiou milhares de brasileiros. No entanto, no acumulado de 12 meses, a inflação ficou em 4,56%, indicando que os preços continuam subindo, ainda que em ritmo menor.

Para conter a inflação, o Banco Central manteve a taxa Selic em 13,25% ao ano e projeta elevação para 15% em 2025. A estratégia visa frear a demanda ao encarecer o crédito e estimular a poupança. No entanto, essa medida também pode impactar o consumo e desacelerar a economia. A previsão é que a Selic comece a cair gradualmente a partir de 2026, impulsionando o crescimento econômico.

O Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 2,01% em 2024, abaixo dos 3,2% registrados no ano anterior, sugerindo uma desaceleração econômica. O resultado oficial do PIB de 2024 será divulgado em março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já o dólar deve fechar 2025 próximo de R$ 6, impactando as importações, pressionando a inflação e encarecendo produtos que dependem de insumos estrangeiros.

O cenário econômico brasileiro segue equilibrando diferentes fatores, como inflação, juros e crescimento. A política monetária será decisiva para definir os rumos da economia nos próximos anos, em um contexto de desafios internos e externos que afetam diretamente o poder de compra da população e o desempenho das empresas.

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