São Luís foi uma das cinco capitais brasileiras a registrar redução no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em janeiro de 2025, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice, que mede a inflação oficial do país, apresentou recuo de -0,08% na capital maranhense, sendo o terceiro maior do Brasil, atrás de Curitiba (-0,09%) e Rio Branco (-0,34%).
De acordo com o IBGE, a queda na inflação foi puxada principalmente pela redução nos preços do grupo habitação. Em São Luís, a habitação registrou retração de -5,71%, seguida pelos setores de comunicação (-0,41%) e despesas pessoais (-0,06%). O principal fator para essa redução foi a energia elétrica residencial, que apresentou uma queda expressiva de 16,91% devido à incorporação dos bônus da usina de Itaipu nas faturas emitidas no período.
O Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc) reforçou que a redução na tarifa de energia elétrica foi determinante para a queda no grupo habitação. Segundo o instituto, o desconto na conta de luz, que beneficiou mais de 78,3 milhões de unidades consumidoras no Brasil, decorreu do saldo positivo na conta de comercialização de energia elétrica da Itaipu Binacional. Ao todo, o valor repassado aos consumidores no país chegou a R$ 1,3 bilhão.
Menor taxa de inflação mensal desde o Plano Real
No cenário nacional, os preços subiram 0,16% em janeiro, desacelerando em relação à alta de 0,52% registrada em dezembro de 2024. Esse foi o menor índice de inflação para janeiro desde a criação do Plano Real, em 1994.
Apesar do resultado positivo para os consumidores, o Imesc alerta que a deflação pode ser pontual e que fatores macroeconômicos, como o aumento nos preços de bebidas e alimentos, responsáveis por 7,69% da inflação nacional, devem ser monitorados.
“A deflação registrada em janeiro de 2025 em São Luís pode sinalizar uma desaceleração da inflação no curto prazo, mas é fundamental considerar o cenário macroeconômico e os fatores sazonais”, avaliou o instituto.

