Mudança na SMTT gera embate entre vereadores na Câmara de São Luís

A mudança no comando da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) de São Luís gerou intensos debates na Câmara Municipal, nesta terça-feira (11). A exoneração de Diego Rodrigues e a nomeação do advogado Rafael Kriek como novo gestor foram comentadas por diversos vereadores, que criticaram a antiga gestão e cobraram melhorias na mobilidade urbana da capital.

O vereador Raimundo Penha (PDT) foi um dos mais enfáticos ao criticar a atuação de Rodrigues, acusando-o de perseguição contra agentes de trânsito e falta de diálogo com a população. “A cidade sofre com a falta de paradas de ônibus acessíveis, os ônibus circulam sem ar-condicionado e o ex-secretário foi inacessível. Nem mesmo uma audiência consegui com ele”, afirmou. Para Penha, a mudança na SMTT é reflexo da gestão do prefeito Eduardo Braide, que, segundo ele, “age com covardia” ao trocar o secretário sem mudar a política da pasta.

Nato Júnior (PSB) também se manifestou, cobrando que o novo secretário seja mais acessível e competente. “O povo de São Luís precisa de um gestor disposto a dialogar e resolver os problemas do transporte público”, pontuou. Já André Campos (PP) mencionou o caso do carro encontrado com R$ 1 milhão em seu porta-malas, alegando que um dos envolvidos estava nomeado em uma secretaria anteriormente comandada por Rodrigues. O vereador criticou a falta de sindicância para apurar a situação.

A iminente paralisação dos trabalhadores do transporte público, marcada para quinta-feira (13), também foi discutida. O Coletivo Nós, representado pelo covereador Jhonatan Soares, alertou para os impactos da greve nos cerca de 700 mil usuários do sistema. “A prefeitura precisa urgentemente encontrar uma solução para que a greve não prejudique a população”, disse, também demonstrando preocupação com um possível aumento na tarifa de ônibus.

O vereador Astro de Ogum (PCdoB) cobrou ações mais enérgicas da Câmara sobre os problemas da mobilidade urbana, criticando a precariedade dos terminais de integração e a falta de coletivos. Ele ainda pediu que fosse realizada uma sindicância sobre a gestão do ex-secretário e cobrou resposta do Ministério Público sobre o relatório da CPI dos Transportes, elaborado no ano passado.

A mudança na SMTT acontece em um momento de crise no transporte público da capital, com reclamações sobre a infraestrutura, qualidade do serviço e impasses entre trabalhadores e empresários do setor.

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