A cidade de São Luís pode enfrentar uma greve no transporte público a partir da próxima quinta-feira (13). O Sindicato dos Rodoviários anunciou a paralisação após nova reunião com os empresários do setor, realizada na manhã desta segunda-feira (10), sem avanços nas negociações.

A categoria reivindica reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho, mas, segundo o sindicato, os empresários ainda não apresentaram nenhuma proposta concreta. Foram realizadas quatro reuniões e duas audiências de mediação no Ministério Público do Trabalho (MPT), mas sem sucesso.

Empresários alegam dificuldades financeiras

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET) afirma que tenta negociar para evitar a paralisação e garantir que a população não fique sem transporte. O diretor executivo do SET, Paulo Pires, destacou que a crise financeira das empresas tem dificultado avanços nas negociações.

“Vamos tomar todas as providências possíveis junto ao Tribunal de Trabalho para garantir a manutenção do serviço. O reajuste dos rodoviários é uma necessidade anual, mas o setor precisa debater com a Prefeitura e o Estado uma recomposição da tarifa para viabilizar isso”, afirmou Pires.

As empresas alegam dificuldades financeiras e argumentam que não possuem recursos para conceder os reajustes exigidos, buscando apenas manter as condições atuais dos trabalhadores.

Possibilidade de subsídio e novas negociações

A Prefeitura de São Luís e a Agência de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) informaram que a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) está avaliando a possibilidade de conceder um subsídio ao setor empresarial, mas ainda não há uma definição sobre o assunto.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Marcelo Brito, reforçou que a categoria não deseja a greve, mas a falta de propostas por parte dos empregadores tornou a paralisação inevitável.

“Estamos abertos a novas negociações até o último momento. Se os empresários apresentarem uma proposta justa, a greve pode ser suspensa”, afirmou Brito.

Enquanto não houver um acordo, a paralisação dos ônibus segue confirmada para quinta-feira, impactando milhares de usuários do transporte público da capital maranhense.