A educação no sistema prisional do Maranhão tem se destacado como um dos pilares fundamentais para a ressocialização de pessoas privadas de liberdade. Em 2024, o estado alcançou um marco histórico no Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL), com mais de 3 mil inscritos e 330 aprovados. O êxito reflete os investimentos do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), em políticas educacionais que promovem não apenas a escolarização, mas também a humanização no ambiente carcerário.

Dentre os destaques do exame, uma interna da Unidade Prisional de Ressocialização Feminina de São Luís (UPFEM) obteve a nota de 920 na redação, seguida por outros dois internos que alcançaram 820 e 780 pontos, respectivamente. O desempenho dos internos evidencia o impacto positivo de iniciativas como o programa Rumo Certo, que oferece desde a alfabetização até o ensino superior dentro das unidades prisionais.

Atualmente, cerca de 500 internos estão matriculados em cursos superiores, como serviço social, ciências contábeis, engenharia mecânica e administração. O estado também se tornou pioneiro na implementação do ensino médio na modalidade de Educação a Distância (EAD) dentro do sistema prisional, ampliando as oportunidades de aprendizado e qualificação.

Outra iniciativa de destaque é o projeto Remição pela Leitura, que permite aos internos reduzirem suas penas ao lerem obras literárias e elaborarem resumos, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo e crítico. Além disso, aulões preparatórios são promovidos por meio do projeto Vamos Revisar, reforçando o preparo para o Enem PPL.

O Secretário da Seap, Murilo Andrade de Oliveira, destacou a importância desses avanços: “Os resultados expressivos do Enem PPL 2024 demonstram o impacto positivo da educação na ressocialização. Esses avanços são fruto do compromisso do Governo do Maranhão em transformar vidas por meio da educação e do empenho dos nossos servidores”.

Com essas ações, o Maranhão segue consolidando sua política de educação prisional como um modelo eficaz de reintegração social, oferecendo oportunidades concretas de transformação e construção de um futuro digno para os internos.