As últimas plataformas da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, localizada na BR-226, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), foram implodidas na tarde deste domingo (2). A estrutura, que desabou em dezembro de 2024, vitimando 18 pessoas, foi demolida como parte do cronograma para construção de uma nova ponte.

O procedimento ocorreu às 14h, após dias de preparação, e durou cerca de 15 segundos. Explosivos foram posicionados nos pilares de sustentação para garantir a queda controlada. A implosão foi acompanhada por técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e pela população, que precisou evacuar 200 residências próximas à estrutura.

O engenheiro de minas Manoel Jorge Diniz Dias, conhecido como “Manezinho da Implosão”, foi o responsável pelo processo. Com mais de 200 implosões no currículo, ele já atuou em demolições de locais históricos, como o presídio do Carandiru e o Estádio Fonte Nova. O material resultante da demolição será removido com auxílio de máquinas.

A nova ponte será construída pelo Consórcio Penedo – Neópolis e tem previsão de conclusão em um ano. Enquanto isso, a travessia entre os estados é feita apenas por barcos contratados pelo governo estadual. O serviço de balsa, previsto para veículos, ainda aguarda uma nova empresa após rescisão contratual com a Pipes Empreendimentos LTDA.

A ponte JK desabou em 22 de dezembro de 2024, deixando 18 vítimas, das quais 14 foram encontradas, um sobrevivente resgatado e três pessoas ainda desaparecidas. Entre os veículos que caíram no Rio Tocantins, havia carretas transportando defensivos agrícolas e ácido sulfúbrico. A remoção desses produtos do fundo do rio deve ocorrer a partir de abril, conforme avaliação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).