A arrecadação do governo federal registrou um recorde histórico em 2024, somando R$ 2,709 trilhões, conforme informou a Receita Federal nesta segunda-feira (28). Em valores corrigidos pela inflação, o montante arrecadado ficou em R$ 2,653 trilhões, representando um crescimento real de 9,6% em comparação ao ano anterior.
Segundo a Receita Federal, o aumento foi impulsionado pela expansão da atividade econômica e pelo retorno da tributação sobre combustíveis, que alavancou o recolhimento do PIS/Cofins. Outras fontes importantes para o resultado incluem o crescimento da arrecadação de tributos como o Imposto de Renda sobre rendimentos de capital (IRRF) e o Imposto de Importação.
O secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, atribuiu o desempenho ao cenário econômico favorável e às mudanças na política tributária.
“Os grandes números refletem os resultados importantes da política econômica nos últimos anos, com a reativação de setores inteiros da economia, a mínima histórica do desemprego e o aumento da massa salarial, que tiveram papel crucial na arrecadação de 2024”, afirmou durante coletiva de imprensa.
Destaques na arrecadação
Os tributos que mais contribuíram para o recorde incluem:
- Cofins/PIS-Pasep: R$ 541,743 bilhões (+18,6% em relação a 2023).
- Contribuições previdenciárias: R$ 685,012 bilhões (+5,34%).
- Imposto de Importação e IPI vinculado: R$ 109,608 bilhões (+33,75%).
- IRRF sobre rendimentos de capital: R$ 146,539 bilhões (+13,12%).
- IRPJ e CSLL: R$ 502,720 bilhões (+2,85%).
Por setor, o comércio atacadista liderou as altas nominais, com R$ 171,285 bilhões arrecadados, seguido por entidades financeiras (R$ 288,621 bilhões) e combustíveis (R$ 105,354 bilhões). O setor de fabricação de automóveis também teve destaque, recolhendo R$ 63,907 bilhões.
Impacto econômico
A produção industrial cresceu 3,22%, enquanto a venda de bens e serviços registrou aumentos de 3,97% e 2,9%, respectivamente. O valor das importações em dólar teve alta de 8,65%, enquanto a massa salarial subiu expressivos 11,78%.
O secretário destacou que a Receita Federal adotou uma postura menos repressiva e mais orientadora, priorizando a tributação de grandes rendas e patrimônios anteriormente não tributados.
“Trabalhamos para trazer para a tributação aqueles que possuem patrimônio de centenas de milhões de reais em fundos fechados e que nunca recolheram”, ressaltou Barreirinhas.
Desempenho de dezembro
O mês de dezembro também contribuiu para o resultado positivo, com uma arrecadação de R$ 261,265 bilhões, um crescimento real de 7,78% frente ao mesmo período de 2023.
O desempenho reforça a eficácia das políticas econômicas e tributárias do governo, que prometem consolidar as bases para um crescimento sustentável nos próximos anos.

