O Judiciário de Balsas realizou, entre os dias 11 e 14 de novembro, uma série de sessões do Tribunal do Júri para o julgamento de seis ações penais relacionadas a crimes contra a vida. As sessões foram presididas pela juíza Urbanete de Angiolis Silva e pelo juiz Douglas Lima da Guia, da 4ª Vara, e ocorreram no Fórum da cidade e no auditório da Faculdade Unibalsas.

Em um dos casos, no dia 12 de novembro, o julgamento de Valdimiro Araújo Barros foi cancelado após a confirmação de sua morte, ocorrida em 21 de outubro de 2023. A decisão foi tomada com base no laudo de exame de cadáver apresentado ao processo.

Tentativa de homicídio e cobrança de dívida

No dia 13 de novembro, o réu André Luis de Oliveira Sousa Júnior, conhecido como “Barrão”, foi julgado por tentativa de homicídio contra Antonio Iran Leão de Sousa. O crime ocorreu em fevereiro de 2020, após uma discussão entre a vítima e a mãe do acusado, relacionada à instalação de câmeras de monitoramento na rua. A defesa pleiteou a absolvição ou a redução da pena, mas o promotor de Justiça pediu a condenação por tentativa de homicídio qualificado. O conselho de sentença decidiu pela condenação, com uma pena de oito anos de reclusão, em regime fechado.

Também no dia 13, Daniel Ramos Araújo foi julgado pelo homicídio de Marquel Machado dos Santos, morto em 2020 por causa de uma dívida de R$ 20,00. Durante o julgamento, o promotor de Justiça pediu a condenação por homicídio qualificado, enquanto a defesa argumentou pela falta de autoria. O réu foi condenado a 12 anos de reclusão, sem direito de apelar em liberdade.

Crime passional e condenação por homicídio qualificado

No último dia de julgamentos, 14 de novembro, Urias Rodrigues Santana foi condenado por homicídio qualificado por ciúmes. O crime ocorreu em 2021, quando o réu, com a ajuda de um adolescente, matou Daniel Silva Andrade com múltiplos golpes de faca, enxada e barra de ferro. A defesa pediu clemência, mas o Conselho de Sentença decidiu pela condenação de Urias por homicídio qualificado, com uma pena de 15 anos, sete meses e 15 dias de reclusão. A acusação de corrupção de menor foi rejeitada.

Esses julgamentos evidenciam o trabalho do Judiciário local na luta contra a violência e a busca por justiça em casos graves envolvendo crimes contra a vida.