Deputado estadual defende fim da jornada de trabalho 6×1 em apoio à PEC de redução da carga horária

Durante a sessão plenária desta terça-feira (12), o deputado estadual Carlos Lula (PSB) manifestou apoio ao fim da jornada de trabalho 6×1 — seis dias de trabalho para um de descanso. Ele respaldou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que visa limitar a jornada semanal a 36 horas, ressaltando que a redução poderia aliviar o esgotamento físico e mental dos trabalhadores e proporcionar mais tempo para estudos, lazer e convivência familiar.

O deputado afirmou que o modelo atual, com até 44 horas semanais, é um dos mais severos mundialmente, impactando especialmente trabalhadores do comércio e setores como a construção civil.

“Veja o exemplo de um comerciário que trabalha 8 horas por dia e ainda gasta quatro horas no trajeto entre a casa e o trabalho no Centro de São Luís. Com uma rotina tão intensa, se esse trabalhador ainda faz faculdade, ele mal tem tempo para viver. A carga atual provoca burnout, cansaço extremo e compromete a saúde mental”, explicou Carlos Lula.

A PEC, que conta atualmente com 134 assinaturas, precisa de 171 para começar a tramitar na Câmara Federal. Se aprovada, limitaria a semana de trabalho a quatro dias sem redução de salário.

“Podemos ajustar a redação e debater os impactos econômicos, mas é crucial que essa discussão chegue ao Congresso. Precisamos abordar problemas reais da sociedade”, destacou o deputado.

Para trabalhadores como Jadiz Santos Barteira, almoxarife na construção civil, a PEC é vista como uma chance de equilibrar a rotina.

“Essa escala de 6×1 é exaustiva. Saio de casa às cinco da manhã e só retorno à noite. A gente chega em casa, só tem tempo de jantar, tomar banho e dormir. Se essa PEC for aprovada, vou ter mais tempo para meus filhos, para lazer e descanso”, comentou.

A defesa do deputado Carlos Lula aponta a necessidade de modernizar a legislação trabalhista, visando uma vida mais equilibrada e adaptada às necessidades dos trabalhadores, que constituem a base econômica do Maranhão e do Brasil.