Inflação oficial atinge 0,56% em outubro, impulsionada por custos de habitação e alimentos

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, registrou uma alta de 0,56% em outubro, acima das taxas de setembro (0,44%) e de outubro de 2023 (0,24%), conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8).

Com o resultado, o IPCA acumula uma inflação de 4,76% nos últimos 12 meses, ultrapassando o teto da meta de 4,50% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Nos primeiros dez meses de 2024, o IPCA já acumula uma taxa de 3,88%.

Os principais fatores que influenciaram a alta em outubro foram os grupos de habitação e alimentos. A habitação subiu 1,49%, impactada pelo aumento de 4,74% no custo da energia elétrica devido à implementação da bandeira tarifária vermelha 2 em 1º de outubro. Entretanto, a bandeira será alterada para amarela neste mês, o que deve aliviar o custo da energia elétrica.

O grupo de alimentação e bebidas registrou uma variação de 1,06%, com destaque para o aumento de 5,81% nas carnes, especialmente acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%). Produtos como tomate (9,82%) e café moído (4,01%) também subiram. Segundo o pesquisador do IBGE André Almeida, a alta das carnes se deve à seca intensa que reduziu a oferta de animais, além de um aumento nas exportações, o que diminuiu a disponibilidade no mercado interno.

Já o grupo de transportes foi o único a registrar deflação em outubro, com uma queda de -0,38%, influenciada pela redução nos preços das passagens aéreas (-11,50%) e de outros itens como trem (-4,80%), metrô (-4,63%), ônibus urbano (-3,51%), etanol (-0,56%), óleo diesel (-0,20%) e gasolina (-0,13%).

Deixe um comentário